É com satisfação que apresento algumas fotos e algumas considerações sobre a viagem que Netinha e eu fizemos ao Japão no período de 10 a 26/07/2007, com
ênfase especial a essa Cultura Milenar e ao modo de viver dessa gente tão receptiva!
Quero convidá-los a sentir a mesma emoção que Netinha e eu sentimos. E, para isso, a leitura desse pequeno "micro-site" será ao som da belíssima música
"Magokoro Kudasai" (Takashi Taka-Rô), interpretada por Isumi Nagara, de Osaka.
Ah, sim: caso vocês observem que alguma(s) foto(s) esteja(m) faltando, basta posicionar o cursor do mouse dentro do respectivo retângulo, clicar com o
botão direito e escolher a opção "Mostrar imagem". Caso não apareça, tente novamente o mesmo procedimento. É possível que algumas fotos demorem para
aparecer devido a lentidão da rede do provedor.
"Embarquem conosco no Shinkansen" e venham viver essa emoção na Terra do Sol Nascente!
É verdade que essa viagem durou 17 dias. É preciso, porém, que seja ressaltado que foram efetivamente 13 dias no Japão, já que 4 dias foram passados "na
poltrona do avião", fora o tempo das conexões no Canadá, dada à enorme distância que separa o Brasil da Terra do Sol Nascente.
Viajamos pela Air Canadá nos vôos de São Paulo-SP para Toronto, das 21:30 (São Paulo-SP) de 10/07/2007 até às 07:00 (08:00 em São Paulo-SP) de 11/07/2007 em
Toronto. A viagem estava apenas começando pois, após essas 10h:30min de vôo, foram mais dois vôos pela Air Canadá: um vôo doméstico que durou 4h:57min
das 08:30 (09:30 em São Paulo-SP) de Toronto para Vancouver, onde chegamos às 10:27 de 11/07/2007 (13:27 do mesmo dia em Toronto e 14:27 em São Paulo-SP);
e mais o vôo que durou 10h:55min de Vancouver, às 13:00 (17:00 de 11/07/2007 em São Paulo-SP), para Osaka (15:55 de 12/07/2007) (03:55 a. m. do mesmo dia
em São Paulo-SP).
Foram, portanto, 26h:22min só de vôo, mais 04h:03min de conexão, ou seja, um total de 30h:25min de viagem!! E, no Japão, já era o final de tarde da
Quinta-Feira (12/07/2007), enquanto que o sol ainda não havia nascido no Brasil!!
Pousamos no famoso Aeroporto Internacional Kansai de Osaka que é construído numa "ilha artificial" (assim como também o aeroporto de Nagasaki, que é construído sobre o mar).
Logo de início, uma "aula de tecnologia" pois, além da própria construção do aeroporto, pudemos observar também a proteção que foi construída para isolar
ao máximo os ruídos do trânsito, devido à proximidade das estradas e viadutos com os edifícios residenciais em diversas cidades do Japão, tais como Osaka,
Kyoto e Tokyo. Na foto abaixo, um exemplo de um dos inúmeros viadutos em Osaka, que nos fazem lembrar o famoso "Minhocão" na Paulicéia Desvairada!
Do Aeroporto Kansai de Osaka, seguimos direto para Kyoto por uma dessas auto-estradas. Foi necessária uma "inversão" na ordem cronológica da
hospedagem em Kyoto e Osaka pois, dada à comemoração do Festival Gion Matsuri em Kyoto (uma comemoração que vem desde do Século IX) não havia confirmação
de vagas nos hotéis da respectiva cidade. Dessa forma, fizemos os passeios primeiro em Kyoto e, enquanto os carros alegóricos do Gion Matsuri desfilavam
em Kyoto, estávamos novamente em Osaka no Sábado, 14/07/2007. O pacote, de início, programava primeiramente a estadia em Osaka e, dois dias depois, em Kyoto;
essa inversão da programação já estava previamente planejada pela
Investur.
Iniciamos, portanto, a "Viagem ao Japão propriamente dita", com um "by-night" em Kyoto, onde, com a ajuda da Guia Turística Lúcia Hashizume, com excelente
domínio não só da Língua Inglesa, como também da Língua Japonesa, pudemos ter um primeiro contato com o excelente sistema de Transporte Público que é o
Metrô de Kyoto. Voltarei a falar sobre o transporte Ferroviário e Metroviário no Japão, mais à frente nesse texto.
Na mesma Quinta-Feira, portanto, 12/07/2007, após as quase trinta horas e meia de vôo, mais as conexões, estávamos tendo o primeiro contato com a noite Japonesa,
em Kyoto, essa que foi a Capital Japonesa de 794 até 1868, quando a Capital passou a ser em Edo que, nessa época mudava o nome para Tokyo, nome pelo qual a
conhecemos atualmente.
Do Hotel Aranvert, seguimos de Metrô até a Estação Principal, onde existe conexão de diversas ferrovias, inclusive do famosíssimo Shinkansen, o "Trem-Bala". Na
foto abaixo, a estrutura metálica imponente da Estação de Kyoto, na Quinta-Feira - 12/07/2007 - por volta das 21:00, hora local:
Na foto abaixo, Netinha e o Kyoto Tower Hotel, com sua torre iluminada, nessa mesma noite na antiga Capital Japonesa (não foi o hotel de nossa hospedagem).
Por outro lado, Netinha e eu achamos interessante o início dessa Viagem Cultural ter sido em Kyoto, já que, se seus habitantes "invejam" a vitalidade
econômica e o desenvolvimento de cidades tais como Tokyo, Osaka, Nagoya e Yokohama, por outro lado, eles se orgulham da Antiga Capital Imperial, com
bastante destaque na História do Japão, na Culinária e também por ser o principal lugar onde as Geisha, as Geiko e as Maiko fizeram sua História Cultural.
Profissionais femininas do entretenimento, as Geisha conquistam o respeito de seus clientes, além de possuirem conhecimento de Artes Tradicionais como o
toque do Shamisen (Um típico Alaúde Japonês de Três Cordas, de som lindíssimo), bem como a habilidade na conversação e manutenção de segredos. Não devem
ser confundidas com as "Onsen Geisha" que oferecem "mais sexo do que Artes Clássicas". Sendo assim, a Geisha de Kyoto prefere ser chamada de Geiko (Filha
das Artes). E as Maiko são as aprendizes de Geisha, que existem tipicamente também na cidade de Kyoto.
Na foto abaixo, o Teatro Gion Corner, no bairro Gion em Kyoto, onde Netinha e eu pudemos assistir, na noite de 13/07/2007 (após visitar diversos Templos e
Pagodes durante o dia), a um magnífico espetáculo que ofereceu mostras do Cerimonial de Chá, além da Ikebana (arranjo de flores), Teatro Cômico Kyogen,
Danças da Corte (Gagaku), além de excelentes Músicas Meditativas no Koto - similar a uma Harpa de quase dois metros de comprimento, disposta
horizontalmente no solo, como na foto abaixo:
Uma semana é pouco tempo para se visitar as Atrações Turísticas que existem em Kyoto. Além de guardar a Memória do Período do Tokugawa, Kyoto também foi uma
das cidades "menos bombardeadas" e menos destruídas durante a segunda guerra mundial. Sendo assim, é enorme o número de Pagodes, Jardins e Monumentos
Históricos que podem ser visitados na Antiga Capital Imperial do Tempo do Xogunato no Japão.
Começamos nosso passeio em Kyoto na manhã de 13/07/2007, visitando o Imponente Castelo de Nijo, com sua belíssima decoração interior, além do "Piso Rouxinol",
no qual as tábuas foram instaladas de tal forma que os pregos e cavilhas, roçando uns nos outros, fazem um som parecido com o canto do rouxinol, à medida
que se caminha pelo piso - o que possibilitava que o Xogum Tokugawa Ieyasu (1543 - 1616) pudesse ser avisado sobre possíveis intrusos. Lógico que esse é um
lugar onde o visitante precisa tirar os sapatos para acessar seu interior.
Na foto abaixo, Ricardinho em frente ao portal do Castelo de Nijo em Kyoto, na manhã chuvosa de 13/07/2007. Repare como é comum o uso de guarda-chuva entre
os Japoneses, tanto para proteger da chuva, como também em dias ensolarados, para se proteger dos raios solares.
Na foto abaixo, Netinha e a Guia Turística Lúcia Hashizume da
Investur
e, ao fundo, o Castelo de Nijo:
O Interior do Castelo não pode ser fotografado. Abaixo, a reprodução de um postal, com esculturas de bonecos representando os Daimyo - Senhores Feudais -
prostrados, reverenciando o Xogun:
Na manhã da mesma Sexta-Feira - 13/07/2007 - conhecemos também o Pavilhão Dourado Kinkaku-ji (Ruokon-ji), construído pelo Terceiro Xogun Ashikaga. A belíssima
estrutura é folheada a ouro, com belíssimo reflexo na água do lago:
E no topo do Pavilhão Dourado, uma escultura de uma Fenix (o famoso Pássaro Lendário que renasceu das cinzas):
E, na foto abaixo, Ricardinho e a Guia Turística Local Michiko, tendo ao fundo o Pavilhão Dourado Kinkaku-ji com a Fenix no cume:
E, na foto abaixo, Ricardinho, tendo ao fundo outro ângulo do Pavilhão Dourado Kinkaku-ji, mostrando também a harmonia com o jardim:
Prosseguindo o passeio em Kyoto, seguimos para a Região de Okazaki, onde se encontram Museus, Praças de Esporte e o Zoológico Municipal. Na foto abaixo,
Netinha, tendo ao fundo o Tori (Portal Xintoísta) que fica em frente ao Santuário Heian-Jingu.
Os "Toris" talvez sejam os ícones mais característicos do Xitoísmo e tais pórticos marcam a entrada aos Recintos Sagrados dos Santuários. Tendo sempre
dois "varões" no alto, os "Toris" podem ser de madeira pintada de vermelho, ou até mesmo de pedra ou concreto.
Fotos de diversos "Toris" serão mostradas
nesse "micro-site", inclusive na Ilha de Miyajima, próximo a Hiroshima.
E, na foto abaixo, Netinha e Ricardinho, tendo ao fundo o Santuário Heian-Jingu, construído em 1895, após a Capital Japonesa ter sido transferida para
Tokyo. A construção desse Santuário tambem visava "elevar o moral" de Kyoto e movimentar a economia local, após a mudança da Capital em 1868.
Também é comum nos diversos Templos Budistas, como é o caso de Heian-Jingu, o visitante ou peregrino lavar as mãos e a boca, em sinal de respeito, como
mostrado na figura abaixo. "Mãos limpas" e "palavras limpas" após lavar as mesmas com essa espécie de "colher" de madeira:
E, na foto abaixo, Netinha no interior do Templo Heian-Jingu na Região de Okazaki em Kyoto, na mesma manhã chuvosa de 13/07/2007:
E abaixo, fotografado por Netinha, um detalhe do belíssimo e harmonioso Jardim Japonês que faz parte do Templo Heian-Jingu em Kyoto:
Na foto abaixo, Netinha, no Jardim Japonês que faz parte do Templo Heian-Jingu:
Na foto abaixo, Netinha e Ricardinho no Jardim Japonês do Templo Heian-Jingu na mesma manhã chuvosa de 13/07/2007:
E, após o almoço, ainda em Kyoto, aproveitamos para visitar o Templo Toji (Kyo-o-gokoku-ji), fundado no ano 796, com destaque para o seu Pagode de Cinco
Andares, reconstruído em 1644 que, com 55 metros de altura, é a mais alta estrutura de madeira no Japão além de ser um dos principais símbolos da cidade
de Kyoto.
Na foto abaixo, Netinha, tendo ao fundo o Pagode de Cinco Andares do Tempo Toji, com destaque para o belíssimo jardim:
Após o Templo Toji, Netinha e eu passeamos por algumas ruas de Kyoto, onde haviam alguns Carros Alegóricos prontos para o Gion Matsuri (mencionado acima)
programado para o Sábado seguinte (14/07/2007). Na foto abaixo, um desses Carros Alegóricos:
E, na mesma noite de 13/07/2007, fomos ao Teatro Gion Corner, no Espetáculo Cultural já mencionado logo acima.
No Sábado - 14/07/2007 - pela manhã, seguimos de ônibus turístico rumo a Osaka, passando antes pela cidade de Nara, na Planície de Yamato, fundada no ano
710 e que, conhecida como Heijo-kyo (Cidade da Paz), foi a Primeira Capital do Japão, de 710 até 794.
Visitamos o Templo Todai-ji com a imponente imagem do Grande Buda Vairocana, feita de bronze fundido. O Templo Todai-ji consolidou Nara como Capital e
Centro do Budismo, com a maior imagem de Buda existente no Japão, construída no ano 752.
Na foto abaixo, Netinha e Ricardo, tendo a fundo o Templo Todai-ji, a maior construção de madeira em todo o Japão:
E, na foto abaixo, o Grande Buda Vairocana, no interior do Tempo Todai-ji em Nara:
Também em Nara, podemos encontrar enorme quantidade de Cervos, os quais eram considerados como Mensageiros dos Deuses. Além de Nara, também encontramos
diversos desses animais na Ilha de Miyajima, próximo a Hiroshima.
E, na foto abaixo, um Cervo próximo ao Santuário Xintoísta Kasuga, no Parque de Nara, área de 526 hectares que abriga a maioria dos Templos de Nara:
Na foto abaixo, Netinha e diversas "Lanternas" na entrada do Templo Kasuga, na mesma manhã chuvosa de Sábado - 14/07/2007 - em Nara:
Na foto abaixo, Netinha, com o Templo Kasuga ao fundo:
E, na foto abaixo, Netinha e Ricardinho no interior do Templo Kasuga, em Nara:
E, na mesma manhã chuvosa de 14/07/2007, seguimos de Nara rumo a Osaka, cidade bastante desenvolvida, que é a Terceira Maior Cidade do Japão, perdendo
apenas para Tokyo e Yokohama. O tempo estava chuvoso, devido à passagem de um tufão no Sudeste do Japão, o qual estava colocando a região em alerta e
também já havia causado problemas na Ilha de Okinawa e Região.
Na foto abaixo, em Osaka, podemos observar a pequena árvore ornamental com diversos sacos pesados amarrados ao caule, para evitar que a mesma sofresse danos
com a forte ventania que estava prevista para Osaka, na noite de 14 para 15/07/2007.
Bastante desenvolvida, Osaka possui diversos viadutos (similares ao "Minhocão" de São Paulo-SP) entrelaçados no meio de diversos prédios, além de diversas
linhas de trens e metrôs (incluindo o Shinkansen). As quatro fotos abaixo mostram esse aspecto de Osaka (lembrar que o Japão também adota a "mão inglesa",
assim como a África do Sul e a própria Inglaterra):
E, na foto abaixo, o Edifício Umeda Sky, que possui no topo o interessante Observatório do Jardim Flutuante, onde, após subir de elevador e escadas rolantes
panorâmicas (através dos túneis de acrílico), o Turista pode vislumbrar belíssimas panorâmicas da cidade de Osaka:
E nas fotos abaixo, algumas vistas de Osaka, do topo do Edifício Umeda Sky:
E, na foto abaixo, Netinha no "bairro de compras" Nihonbashi (Den Den Town), em Osaka:
E, nas duas fotos abaixo, mais alguns aspectos no Nihonbashi, com bastante gente na rua. Essas multidões são bastante comuns no Japão em cidades como
Tokyo e Osaka, sendo que o pessoal de um modo geral é sorridente e raramente ocorrem "encontrões"... E, com um "reclame gratuito" da Cerveja Asahi e do
McDonalds...
E, na foto abaixo, da esquerda prá direita, a Guia Local Michiko, a Guia Lúcia da
Investur
e Netinha, na porta do Hotel Green Plaza em Osaka, onde nos hospedamos.
Ainda hospedados em Osaka, visitamos no Domingo pela manhã a cidade de Kobe, de cujo porto zarpou o navio Kasato-Maru em 1908, com os primeiros 781
Imigrantes Japoneses que vieram para o Brasil em busca de melhores condições de vida. O Kasato-Maru saiu de Kobe no dia 28/04/1908 e chegou ao Porto de
Santos-SP no dia 18/06/1908, totalizando 51 dias de viagem!!
Na foto abaixo, a famosa estátua da Família Japonesa saindo do Japão rumo ao Porto de Santos-SP:
Na cidade de Santos existe também uma estátua bem similar, sendo que ambas as cidades são consideradas como "irmãs". Na foto abaixo, a estátua similar na
Praia do Boqueirão na Cidade de Santos-SP (foto de 01/08/2007). Reparem que, na estátua de Kobe (acima), é o menino que está apontando para a frente,
enquanto que na de Santos-SP (abaixo), é o pai que aponta para a frente:
Esse foi um momento bastante emocionante nessa Viagem ao Japão, pois além da tristeza que existe em se partir, repleto de incertezas, rumo ao desconhecido
(o que também aconteceu com bastante freqüência entre os Portugueses, dos quais sou descendente), a cidade de Santos-SP é também a cidade-natal de
Ricardinho, esse que escreve essas linhas...
E, na foto abaixo, no mesmo Porto, a famosa Torre de Kobe e uma réplica da Caravela Santa Maria de Cristóvão Colombo!
Além da emoção da partida do navio Kasato-Maru, essa visita a Kobe também causou forte emoção por causa da lembrança do terremoto que a cidade sofreu em
Janeiro de 1995... Nas 2 fotos abaixo, uma amostra da destruição que Kobe sofreu, em ruínas que foram preservadas no Parque Memorial do Terremoto
Hanshin-Awaji, ao lado do Porto de Kobe:
E pensar que no Brasil nós não temos terremotos, nem maremotos, nem furacões, como existem no Japão... Mas ainda tem muito mais emoção pela frente, nessa
Viagem ao Japão, pois Hiroshima e Nagasaki fizeram parte do roteiro desse Pacote Turístico...
E, nas fotos abaixo, o Kobe Emigration Center, a hospedaria onde as Famílias Japonesas que se preparavam para deixar o Japão rumo ao Brasil passavam alguns
dias antes da viagem e recebiam as informações e o preparo para a nova vida "no outro lado do Mundo"... Reparem também no Mapa do Brasil que foi o
principal destino dos Japoneses que deixaram seu País-Natal...
Conforme já havia comentado, de Kobe retornamos a Osaka, onde passamos a noite de Domingo. E, na Segunda-Feira - 16/07/2007 - outro momento maravilhoso dessa viagem,
pois foi quando pela primeira vez pudemos conhecer essa Maravilha Tecnológica chamada Shinkansen - O famosíssimo Trem-Bala - que começou a operar em 1964, o
ano em que Tokyo foi sede dos Jogos Olímpicos.
O Trem-Bala no início fazia apenas 200 Km/h, velocidade que já permitiria uma viagem entre o Rio de Janeiro-RJ e São Paulo-SP em apenas 2h:10min. Esses
"Sucatões de Trem-Bala" continuam em operação e fazem as viagens mais curtas, com maior número de paradas. Um desses já seria de bom tamanho para viajar
pelo Brasil, não é mesmo?
Mas o Shinkansen no qual nós viajamos de Osaka para Hiroshima no dia 16/07/2007, é realmente um "Trem Bão", pois ele saiu de Osaka às 08:38 e chegou em
Hiroshima às 10:13! Foram 430 Km em apenas 1h:35min, numa velocidade média de 277 Km/h!!
Apenas 5 Km a menos do que a distância que separa a Cidade Maravilhosa da Paulicéia Desvairada!!
E existe também outro tipo de Shinkansen que corre em velocidade que já ultrapassa os 300 Km/h. Lembrar que mesmo
nessa velocidade, o trem funciona com "roda no trilho", diferente do TGV Francês que é "Magnético" (literalmente "voa" sobre o trilho,
com velocidade superior a 400 Km/h). A título de curiosidade, já se encontra no Japão em fase de testes o "Trem Magnético" que já conseguiu correr a
cerca de 530 Km/h... Dentro em breve, portanto, o atual Shinkansen será "ultrapassado" nesse País!!
Sem dúvida, "é besteira pegar um vôo doméstico" para viajar entre as principais cidades do Japão, já que o Trem-Bala é prático, rápido, seguro, além de
não necessitar comparecer pelo menos uma hora antes, como no caso do balcão do Check-In do Aeroporto.
Além disso, o Trem-Bala não é sujeito a atrasos, oriundos de condições meteorológicas "ingerenciáveis", como acontece com o Transporte Aéreo.
Resumindo, para uma distância de 400 a 700 Km, o Trem-Bala acaba sendo mais rápido que o avião! A única desvantagem é que o Trem-Bala não tem bagageiro e,
dessa forma, não se pode levar bagagem muito grande nesse meio de transporte. Apenas uma pequena bagagem de mão facilmente transportável, mesmo porque é
menos de um minuto o tempo que o Trem-Bala fica parado na estação. Nesse aspecto, o Trem-Bala lembra bastante o Metrô, apesar de viajar longas distâncias.
De qualquer forma, a limitação da bagagem no Japão não é problema, já que é bastante comum nesse País o Turista despachar a bagagem mais pesada diretamente
ao local de hospedagem e viajar com bem pouca bagagem - apenas a bagagem de mão. No nosso Pacote Turístico também tivemos esse serviço, enquanto viajamos
nos Shinkansen's: nossas bagagens mais pesadas foram transportadas diretamente aos principais hotéis de destino, sendo que nós não nos preocupamos com a
mesma nas viagens por via ferroviária. E com um detalhe importante: não tivemos no Grupo nenhuma bagagem extraviada nem avariada!!
Na foto abaixo, a frente e o verso de um bilhete do Shinkansen (Japan Rail Pass). Esse ticket é válido por 7 dias e dá direito ao embarque não só no
Shinkansen, mas também em qualquer trem da empresa JR (Japan Railways Group), podendo embarcar e desembarcar quantas vezes desejar.
A título de curiosidade, reparem na data de vencimento da validade do ticket Japan Rail Pass: 19.7.22, ou seja, 22/07/2007. O Imperador Hirohito reinou no
Japão desde 1926 a 1989 e esse período foi denominado "Era Showa". No ano de 1989, quando faleceu o Imperador Hirohito e seu filho Akihito assumiu o trono,
iniciou-se uma nova era: a "Era Heisei" ("ficar ou tornar-se em paz"). Sendo assim, o ano de 2007 é o "Ano Dezenove da Era Heisei". Por essa razão
aparece na data com o número 19. Essa maneira de se escrever a data é bastante comum no Japão.
Vamos então pegar o trem: na Estação Shin-Osaka, o letreiro JR (Japan Railways Group).
O nome Shin-Osaka significa que é a estação de Osaka onde pára o
Shinkansen (Trem-Bala). O nome Shin precede sempre o nome da respectiva cidade em qualquer estação servida pelo Shinkansen. Coincidentemente, JR são as
iniciais do meu nome... Vocês todos sabem da "paixão" que tenho por Trens e Ferrovias e como eu gosto de viajar nesse meio de transporte! Quando vi que
a empresa do Trem-Bala é JR, achei até que tinha "tudo a ver"... Por isso que é um "Trem Bão"...
Lógico que é mera coincidência, assim como é mera coincidência o fato de Kyoto e Tokyo terem as sílabas invertidas!
Conforme já comentei, o Shinkansen Hikari 393 saiu de Osaka às 08:38 e chegou em Hiroshima às 10:13! Excelente pontualidade e, um aspecto muito interessante
é que, viajando de Trem-Bala, nem todas as estações possuem o nome escrito em Caracteres Romanos, mas somente em Katakana (Letras Japonesas). Dessa forma,
para saber onde é a estação-destino, é só prestar atenção ao horário, já que é cumprido rigorosamente! No exemplo, se não for possível reconhecer a
palavra Hiroshima escrita em Katakana, o passageiro pode tranqüilamente desembarcar do Trem-Bala na estação onde ele pare às 10:13, que é a própria estação-destino
desejada!
Nas 4 fotos abaixo, Netinha e Ricardinho esperam o Shinkansen na estação de Osaka:
E, nas fotos abaixo, dentro de um Shinkansen Hikari, viajando de Osaka para Hiroshima: reparem que o interior do Trem-Bala faz lembrar o avião, com as
poltronas reclináveis (diga-se de passagem, reclinam melhor do que as do Avião na Classe Econômica!), além de comissárias de bordo que vendem Cervejas,
Salgadinhos e o "Obentô" (tradicional "lanche japonês").
E chegamos a Hiroshima!! Há muita emoção para viver nessa cidade que foi arrasada em tão poucos segundos...
Antes, porém, fomos conhecer essa belíssima jóia lapidada na Costa Sanyo que é a Ilha de Miyajima. O ticket Japan Rail Pass foi válido para a travessia,
pois o Ferry-Boat de Hiroshima para a Ilha Miyajima também é operado pela JR (não são as iniciais de José Ricardo, conforme já comentei...):
Na foto abaixo, Netinha e Ricardinho na Ilha de Miyajima, na Segunda-Feira - 16/07/2007. Também encontramos Cervos ("Mensageiros dos Deuses") em grande
quantidade, assim como em Nara:
Conforme já mencionei, os "Toris" serão bastante comuns nesse "micro-site". Eis um Tori na entrada do Templo Xintoísta Itsukushima:
Nas duas fotos abaixo, Netinha e o belíssimo Tori que recebeu o nome de "Templo Flutuante", já que foi construído sobre pilares e, na maré alta, a cor
vermelha de sua estrutura faz um belo reflexo na água do mar. Esse monumento foi reconhecido como Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO!
O Tori acima indica que a Ilha de Miyajima é sagrada e na mesma não existem cemitérios nem maternidades, já que a nenhum mortal é permitido nascer ou
morrer nesse lugar. Mesmo quem reside na Ilha de Miyajima, quando falece, é sepultado em cemitério que fica em Hiroshima. Também é milenar a proibição de
cortar árvores na Ilha de Miyajima e, dessa forma, a mesma é riquíssima em Mata Nativa, com numerosa fauna e flora, além dos Cervos que vivem tranqüilamente
no lugar, dada sua característica de Animal Sagrado.
Na foto abaixo, o Santuário Xintoísta de Itsukushima, construído no ano 593, na Ilha de Miyajima. Ao fundo, o Pagode de Cinco Andares.
Outras duas vistas do Templo de Itsukushima. Na ocasião, realizava-se um Casamento. Observem a noiva vestida de branco.
Outra vista do Templo de Itsukushima, com o Pagode de Cinco Andares ao fundo:
E, na foto abaixo, o Pagode de Cinco Andares (construído em 1407) visto do Ferry Boat:
E, após a visita à Ilha de Miyajima, retornamos de Ferry-Boat a Hiroshima, cidade cujo nome já é suficiente para provocar indescritíveis emoções e
sentimentos de tristeza e de revolta, por causa dos horrores de uma guerra...
Acionada pelo Isótopo Urânio-235, a terrível bomba foi jogada sobre a cidade, tendo explodido quando estava a cerca de 580 metros do solo... Eram precisamente
08:15 da manhã de 06/08/1945... A destruição foi muito pior do que se a bomba tivesse chegado ao solo antes de explodir. E, próximo ao hipocentro da explosão
nuclear, só restou em pé um único edifício, que era o único feito de concreto num raio de poucos quilômetros, já que a maioria das casas e construções eram de
madeira, além de Hiroshima ser uma cidade plana, o que, desgraçadamente, facilitou bastante a propagação da onda de calor, radiação e destruição...
Na foto abaixo, a "Cúpula da Bomba", que era o antigo Salão da Promoção Industrial. Esse edifício é preservado pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade.
São preservadas as traves retorcidas, os buracos abertos e o entulho, gerados pela explosão atômica.
É muito difícil descrever o que é uma temperatura de 7000 °C (Sete Mil Graus Centígrados!!!) a qual foi atingida bem poucos segundos depois, mesmo no raio de
alguns quilômetros do local!! É muito difícil imaginar a "Cena Apocalíptca" que aconteceu em tão poucos segundos.
O Museu Memorial da Paz exibe imagens terríveis dos efeitos causados pela bomba atômica. Eis uma foto do Hiroshima Prefectural Commercial Exhibition Hall (o
Salão da Promoção Industrial) antes da bomba explodir:
E, na foto abaixo, como ficou o Salão de Promoção Industrial após às 08:15 da manhã do dia 06/08/1945:
E, nas duas fotos abaixo, no Museu Memorial da Paz, as maquetes que representam o mesmo Salão da Promoção Industrial antes e depois da explosão. Reparem
que praticamente todas as casas de madeira que estavam por perto simplesmente desapareceram... foram reduzidas a pó...
Também faz parte do Museu Memorial da Paz esse relógio de pulso que foi encontrado nos escombros de Hiroshima, marcando a hora exata em que a bomba explodiu:
Nas três fotos abaixo, um velocípede, a estrutura metálica de uma ponte e duas garrafas de vidro, objetos encontrados nos escombros após a explosão atômica,
que sofreram os efeitos da altíssima temperatura:
E, na foto abaixo, a terrível bomba atômica:
O Museu Memorial da Paz também exibe imagens extremamente chocantes (não recomendadas para quem tenha "estômago fraco") de efeitos de queimaduras e radiação
em pessoas que foram vítimas desse holocausto.
E, na foto abaixo, O Sino da Paz, no Parque Memorial da Paz em Hiroshima:
Nas três fotos abaixo, o Monumento da Paz das Crianças. Um grou (espécie de passarinho feito em dobradura de papel - origami) simboliza a longevidade e
felicidade... Esse monumento se refere a uma criança que foi vítima da radiação da bomba atômica e que acreditava que se confeccionasse mil grous de
papel, seria curada de todas as lesões. Infelizmente ela foi mais uma das incontáveis vítimas fatais dessa terrível arma de guerra. Sua História, porém,
ficou eternizada e o monumento continua sempre recebendo novos grous de papel enviados por escolares.
A Chama da Paz só será apagada no dia em que todas as armas nucleares do Planeta Terra tiverem sido neutralizadas:
O Mundo não pode se esquecer dessa imagem:
E pensar que três dias depois, no dia 09/06/1945, outra bomba atômica, essa acionada pelo Plutônio, destruiu Nagasaki, cidade que foi a escala seguinte
dessa viagem...
Nas duas fotos abaixo, algumas ruas e avenidas de Hiroshima, reconstruída e muito bonita, nos dias atuais:
E, na foto abaixo, Netinha junto a um ponto de ônibus em Hiroshima, na noite de 16/07/2007:
E, de Hiroshima, na Terça-Feira - 17/07/2007 - fomos de Trem-Bala até Hakata, onde tomamos outro trem com destino a Nagasaki. Antes de Hakata, o
Shinkansen passou por um túnel submarino que liga a Ilhas Honshu à Ilha Kyushu, onde fica a cidade de Nagasaki. O trem de Hakata para Nagasaki não era o
Trem-Bala; mesmo assim, a velocidade média era em torno de 96 Km/h! Na foto abaixo, Netinha e Ricardinho no Shinkansen de Hiroshima a Hakata, na manhã de
Terça-Feira - 17/07/2007:
E, na foto abaixo, um bonde urbano na graciosa Nagasaki, na manhã de 17/07/2007:
Famoso porto japonês, Nagasaki foi durante mais de 200 anos a única porta de entrada aberta ao estrangeiro, já que todo o comércio estrangeiro foi
"confinado" na Ilha de Dejima, na Baía de Nagasaki, em 1635. A partir de 1641, só Holandeses e Chineses é que tinham acesso a Nagasaki, mesmo assim
bastante restrito, nesses dois séculos em que o Xogunato impôs um auto-isolamento da Cultura do restante do Mundo, isolamento esse que se estendeu até
1854 quando o Xogunato se viu cada vez mais "pressionado" a abrir as fronteiras. Nagasaki passou então a despontar como próspero Centro Cultural e Comercial.
Na foto abaixo, a Igreja Católica Oura, construída em 1864 pelo francês Bernardo Petitjean, que foi o primeiro Arcebispo de Nagasaki.
Apesar de Ingleses, Holandeses e Portugueses já terem se instalado no Japão (e influenciado a Religião com a inclusão do Catolicismo), a crescente
xenofobia Tokugawa, que restringiu praticamente todo o movimento estrangeiro no País, ocasionou a conseqüente perseguição aos Cristãos. O Cristianismo
foi oficialmente banido no ano de 1537 pelo Xogum Toyotomi Hideyoshi que temia que, através da prática da Religião, pudessem ocorrer intrigas
políticas e o conseqüente declínio do poder do Estado Japonês influenciado pelo Exterior. A Igreja Oura relembra os 26 Mártires Cristãos (Japoneses e
Estrangeiros) que foram crucificados no Monte Nishizaka, além de outros 600 martírios ocorridos na região.
Nesses dois séculos de isolamento, o Cristianismo sobreviveu "às escondidas", mesmo sem Padres e Bispos e sem nenhuma Capela para a Missa. Observa-se também
um Sincretismo entre o Budismo e o Catolicismo nessa época, tendo por exemplo imagens similares à Nossa Senhora do Mont-Serrat, com a forma de um Buda, com
os característicos "olhos puxados" típicos do Japão.
E, na foto abaixo, Netinha e Ricardinho no Jardim da Mansão Glover, tendo ao fundo a Soprano Japonesa Tamaki Miura que já representou o papel principal de
Cio-Cio-San, na célebre Ópera "Madama Butterfly" de Giacomo Puccini, ópera cujo enredo se passa em Nagasaki e que já teve a Mansão Glover como cenário em
uma de suas montagens.
A estátua mostra a cena quase ao final do Segundo Ato, quando Cio-Cio-San (Madame Butterfly) mostra ao filho que o navio de seu pai (Pinkerton) acabava
de chegar ao porto de Nagasaki.
E, na foto abaixo, a escultura intitulada "A Borboleta (Butterfly) No Ombro de Puccini", também no Jardim da Mansão Glover:
Thomas Glover (1838 - 1911) foi um brilhante Empresário Holandês que chegou a Nagasaki em 1859, logo após a reabertura do Japão ao Comércio Exterior. Com sua
Esposa Japonesa, Glover adotou o Japão como "Segunda Pátria" e contribuiu de modo bastante significativo com a modernização da Terra do Sol Nascente.
Em Nagasaki, também tivemos momentos de extrema emoção, já que foi a segunda cidade a ser bombardeada três dias depois de Hiroshima. O mau tempo fez com que
o piloto do bombardeiro não tivesse nítida visibilidade da cidade e, dessa forma, a segunda bomba atômica atingiu uma região atrás de alguns morros, o que
poupou a destruição de boa parte da cidade. A Mansão Glover, por exemplo, não sofreu destruição com a segunda bomba atômica.
Mesmo assim, as conseqüências foram extremamente terríveis e, no Parque da Paz (foto abaixo), podemos rememorar o trágico acontecimento:
Na foto abaixo, o Monumento Pela Paz que foi doado pela Prefeitura Municipal de Santos-SP à Zona de Símbolos da Paz Mundial da Cidade de Nagasaki, em
Dezembro de 1986. O texto é escrito em Japonês, Inglês e Português!
Na foto abaixo, no Parque da Paz de Nagasaki, o texto se refere à famosa menina que, após passar muito tempo sentindo bastante sede, após a destruição da
segunda bomba atômica, se viu obrigada a beber a única água que encontrou no meio dos escombros, que era uma poça oleosa e, com bastante contaminação
química e radioativa. Antes de beber a água, ela deixou escrito o bilhete que é reproduzido no monumento junto ao chafariz:
Em Hiroshima e em Nagasaki, é difícil "segurar as lágrimas", quando visitamos tais monumentos nos respectivos Parques da Paz...
E, na foto abaixo, uma das ruas do Chinatown, um bairro formado por Chineses, a exemplo de diversos "Chinatown's" em diversas cidades do Mundo.
Na Quarta-Feira - 18/07/2007 - o roteiro foi de barco e ônibus: do Porto Taira, seguimos de Ferry-Boat com destino a Kumamoto, onde visitamos o famoso
Castelo que é um dos maiores do Japão, e que foi construído sob o comando de Kato Kiyomasa, que lutou juntamente com Tokugawa Leyasu na Batalha de
Sekigahara no ano de 1600. Na estrutura original eram 49 torres e 29 portões, mas a fortaleza foi destruída quase que totalmente durante a Rebelião
Seina em 1877.
Na foto abaixo, uma vista da Torre Principal do Castelo de Kumamoto, reconstruída em 1960, utilizando concreto, procurando manter o mais fielmente possível
a magnificência da original.
Na foto abaixo a torre menor do Castelo de Kumamoto, uma das pouquíssimas partes que restaram da destruição em 1877:
Na foto abaixo, a torre principal do Castelo de Kumamoto, vista de dentro da torre menor.
E, na foto abaixo, funcionário caracterizado como Samurai dando as boas-vindas ao Turista no Castelo de Kumamoto:
E, do Castelo de Kumamoto, seguimos até o Monte Aso, que é um vulcão ativo com diversas fontes termais ("Onsen") que exalam a característica fumaça de
vapores sulfurosos, dado o aquecimento da água em meio à atividade vulcânica. Com cinco cones vulcânicos o Monte Aso é considerado como a maior "caldeira"
do Mundo. A subida até a cratera mostrada na foto abaixo é feita por meio de um teleférico.
Há um constante registro da atividade vulcânica e medição da concentração dos vapores sulfurosos no ar atmosférico e, dessa forma, o acesso ao teleférico
pode ser cancelado a qualquer momento, além da possível evacuação da área por motivo de segurança.
A hospedagem foi no Hotel Kamenoi em Beppu, um gracioso balneário de águas termais. Na foto abaixo, observa-se uma vista panorâmica de Beppu (da janela do
hotel), cidade que vive sempre "enfumaçada" com a névoa oriunda de diversas aberturas no solo com constante escape de vapor de água quente, devido à
atividade vulcânica da região do Monte Aso, conforme já mencionado logo acima.
No Hotel Kamenoi pudemos também conhecer um dos diversos "Ofurôs", que são "banheiras coletivas" com água quente oriunda das diversas fontes termais
("onsen's"). Esses banhos coletivos são seculares e possuem o Significado Religioso de Purificação, cultivada pelo Xintoísmo. Um banho em "onsen" pode ser
também terapêutico e relaxante, sendo uma boa "fuga" do ritmo das cidades proporcionando um bom descanso após um dia cansativo de trabalho ou de viagem.
Freqüentar um desses Banhos Públicos no Japão requer etiqueta, sendo que, na grande maioria, as piscinas são utilizadas por pessoas do mesmo sexo, não
utilizando nenhum tipo de traje.
Por razões óbvias, não existem fotos dos "ofurôs" nesse site...
O Hotel Kamenoi é um exemplo desses locais de hospedagem com "ofurôs" nos quais podemos andar tranqüilamente nas dependências dos mesmos utilizando a Yukata,
uma espécie de quimono sem forro, confeccionado em algodão, bastante utilizado nos festivais de verão e nas estâncias termais. Na foto abaixo, Netinha e
Ricardinho de Yukata:
A quase totalidade dos hotéis no Japão disponibilizam yukatas no dormitório, para utilização pelos hóspedes.
E, na Quinta-Feira - 19/07/2007 - seguimos para Kurashiki, não sem antes conhecer, ainda em Beppu, um "geiser" e dois "infernos ferventes" (Jigokus).
Na foto abaixo, um "geiser" que jorra água quente a vários metros de altura, em intervalos que variam de 30 a 40 minutos. Foi um momento no qual eu
recordei as aulas de Geologia durante o Curso Técnico Ceramista do SENAI (de 1976 a 1978) sendo que até então só conhecia um "geiser" através de filmes
e documentários.
E, na foto abaixo, Chino-Ike-Jigoku, o "inferno do Lago de Sangue", com água quente vermelha barrenta:
E, na foto abaixo, Umi-Jigoku, o "Oceano do inferno", com água verde azulada, da cor dos mares tropicais:
Nos Jigokus, o Turista também pode comprar cestas de ovos que foram cozidos no vapor da água fervente!
E, após a visita aos Jigokus, seguimos para a Estação de Beppu, onde tomamos o Trem com destino a Kokura, onde fizemos conexão com o Trem-Bala, rumo a
Kurashiki. Na foto abaixo, o interior do trem no qual viajamos de Beppu até Kokura: Netinha gostou desse trem "mais do que eu", porque as poltronas "têm a
orelha do Mickey"...
Mas esse trem é lento... apenas 96 Km/h, em média...
Mas em Kokura, pegamos o Shinkansen e, novamente o prazer de uma viagem de Trem-Bala, dessa vez com destino a Kurashiki. E, com isso, retornamos à Ilha
de Honshu, a maior do Arquipélago que forma o Japão.
Em Kurashiki, visitamos o bairro Bikan-Chiku e o Museu de Artesanato. "Depósito da Vila" é o significado do nome Kurashiki, cidade que possui diversos
celeiros (kura) característicos, construídos com paredes de cimento revestidas de cerâmica preta. Nas três fotos abaixo, o bairro Bikan-Chiku e a entrada
do Museu de Artesanato:
De Kurashiki, seguimos para Okayama, onde visitamos o Jardim Koraku-en, considerado um dos mais belos Jardins Japoneses existentes no País e que adquire
cores e características bem definidas nas diferentes estações do ano. Nas quatro fotos abaixo, o Jardim Koraku-en. Repare que há uma "tartaruga"
esculpida num arbusto do jardim:
E, na Sexta-Feira - 20/07/2007 - seguimos de ônibus de Okayama para a Ilha Yoshima, pela Ponte Seto Ohashi, onde fizemos um pequeno "cruzeiro" para
vislumbrar a maravilhosa Obra de Engenharia que liga as Ilhas Honshu e Shikoku. Pela Ponte Seto Ohashi, além de veículos diversos, também passam
diversos trens num bem elaborado complexo de viadutos que compõe esse excelente Projeto.
De Shin-Okayama, fomos de Trem-Bala para Shin-Nagoya. E, em Nagoya (a quarta maior cidade do Japão), visitamos o Museu Comemorativo da Indústria e
Tecnologia da Toyota. Na foto abaixo, diversas bicicletas em Nagoya, sendo que a bicicleta é um meio de transporte bastante utilizado pelo Japonês!
A Toyota começou de forma bem modesta como Tecelagem e, com um sempre crescente progresso chegou à famosa Montadora que é reconhecida mundialmente. Dentre
as diversas maravilhas tecnológicas no Museu da Toyota, pudemos ouvir algumas belíssimas melodias tocadas no Trompete pelo Robot da foto abaixo. Um detalhe:
o som realmente vinha do Trompete, já que a "boca" do Robot faz uma "embocadura" com o Instrumento Musical!
Na foto abaixo, o funcionário da Toyota explica prazeirosamente como funcionava o antigo tear:
E, na foto abaixo, um dos primeiros automóveis fabricados pela Toyota:
E, de Okayama, novamente o Shinkansen, dessa vez de Nagoya a Atami, simpática cidade à beira-mar onde nos hospedamos no Ikeda Riokan, um típico hotel de
Estilo Japonês, onde o jantar e o café da manhã foram típicos, além de termos dormido no "futon", num quarto com piso de "tatami". Nas seis fotos abaixo, o
jantar, a Yukata (quimono de algodão) e o quarto de "tatami" do hotel onde nos hospedamos na noite de 20 a 21/07/2007:
E, na foto abaixo, uma panorâmica de Atami, paisagem que me fez lembrar o Balneário Lido, próximo ao Funchal, na Ilha da Madeira, em Portugal!
E, de Atami, seguimos rumo à Capital Japonesa, passando antes por Hakone e pelo Monte Fuji. Como "nem tudo é perfeito", o tempo, que havia sido ensolarado
durante a semana, resolveu "pregar uma peça" no nosso grupo e no Sábado - 21/07/2007 - pela manhã começou a chover: bem no dia da visita ao Monte Fuji - e,
foi por pouco, que essa parte da Viagem ao Japão não se tornou algo como "ir a Roma e não ver o Papa", ou ir ao Rio e não ver o Pão de Açúcar"...
Saímos do Ikeda Riokan e começamos a subir a serra rumo a Hakone. Fizemos um passeio de barco no belíssimo Lago Ashi, beleza essa que não pôde ser
apreciada em toda sua integridade devido à neblina que dominava a paisagem! Nas duas fotos abaixo, o Lago Ashi nesse dia e uma reprodução de um postal, num
dia de sol:
O Lago Ashi se situa a 700 metros acima do nível do mar e, nos dias de sol, oferece belíssimas vistas do Monte Fuji. No mesmo lago, tambem navegam
réplicas de antigas embarcações em Estilo Ocidental (Caravelas, Galeões, etc.). E Hakone também faz parte do trajeto da Antiga Estrada entre Edo (Tokyo)
e Kyoto.
Seguimos viagem pelo Vale Owaku-dani, o Grande Vale Fervente, com suas fendas vulcânicas, cujas águas também expelem vapores sulfurosos. Na foto abaixo um
curso de água fervente com cor e cheiro característicos:
Subimos então de ônibus de turismo até o Quinto Estágio (2305 metros sobre o nível do mar) do Monte Fuji, onde estávamos acima da maioria das nuvens e deu
prá ver uma vista parcial do cume do mesmo, o qual se situa a 3776 metros sobre o nível do mar. O Monte Fuji é o ponto mais alto do Japão. Na foto abaixo,
o Monte Fuji, visto do Quinto Estágio, e com pouca neve, já que no mês de Julho estamos em pleno Verão no Hemisfério Norte.
O Monte Fuji (Fujisan) é um vulcão inativo desde 1707 e há centenas de anos atrás, era considerado tão sagrado, que a subida ao mesmo só era permitida aos
Monges e Peregrinos. E a subida de mulheres ao Monte Fuji só passou a ser permitida no ano de 1872.
Por outro lado, como uma "pequena compensação", pudemos avistar o Monte Fuji de Tokyo, da janela do Hotel New Otani, na Terça-Feira - 24/07/2007, como será
visto logo adiante.
E, do Monte Fuji, seguimos para Tokyo! A grande metrópole que é a Capital Japonesa, que consegue combinar com bastante harmonia os aspectos da Modernidade
de um Grande Centro Urbano e Financeiro com a Cultura Ancestral que é preservada.
A primeira coisa em Tokyo foi "aprender a andar de metrô", apesar de que já o havíamos feito no primeiro dia em Kyoto.
Apesar de muito difícil num primeiro contato, já que nem todas as estações de trem e metrô possuem as informações com caracteres romanos, o metrô de Tokyo é
dotado de mapas gratuitos riquíssimos em informações e, apesar de operado por diversas diferentes empresas (inclusive a já mencionada JR - Japan Railways
Group), as linhas são traçadas em diversas cores, que são também as cores observadas nas próprias estações, e, apesar de terem seus nomes, todas as estações
também são codificadas por letras e números, sendo que o número da estação é seqüêncial e a letra normalmente é a inicial do nome da linha.
Dessa forma, basta que saibamos onde estamos e para onde queremos ir. Então é só olhar no mapa e ver os pontos de "baldeação" de um metrô para outro.
A venda dos bilhetes é eletrônica (as máquinas aceitam todas as moedas, com exceção de 1 e 5 Yenes, e aceitam também a nota
de 1000 Yenes (aproximadamente R$ 16,00 no período dessa viagem). Outro aspecto também desse metrô é que o preço a pagar depende da extensão do percurso e
também das conexões ("baldeações") a serem feitas, já que o preço não é único e a conexão só é gratuita se for entre composições de metrô operadas pela mesma
empresa.
Existem portanto, junto às máquinas eletrônicas para venda dos tickets, as tabelas com todas as estações e os respectivos preços, a partir da estação onde o
passageiro esteja naquele momento.
Uma vez adquirido o bilhete, o mesmo é introduzido na catraca eletrônica e devolvido assim que se passa por ela, pois ele será necessário quando da saída, já
que o sistema checa se o passageiro pagou o preço correto naquela respectiva estação. Ou seja, o bilhete não pode ser perdido e, caso tenha havido algum engano e a
estação do desembarque seja mais cara do que o que foi pago, é necessário então pagar a diferença (também em máquinas eletrônicas de "ajuste de tarifa") para
poder sair na estação-destino.
Por outro lado, caso se "ultrapasse" a estação-destino, por distração, ou então, por não ter conseguido desembarcar do trem lotado, pode-se tranqüilamente pegar o
trem em sentido contrário e descer na estação certa, já que o que vale é a estação-destino.
Por outro lado, pegar o metrô em Tokyo sem o "mapinha" na mão, é quase como que "procurar pelo vocábulo num dicionário que não esteja em ordem alfabética". O
mapinha facilita bastante, mas, sem ele, é quase impossível, principalmente para quem não conhece o Idioma Japonês.
No primeiro dia em Tokyo, Sábado à noite (21/07/2007), pegamos o metrô próximo ao Hotel New Otani, na estação Akasaka-mitsuke (por onde passam 5 linhas) e,
pela "Linha Ginza" (G), seguimos para o famosíssimo Ginza, que é o "bairro das grifes caríssimas", equivalente por exemplo, à Oscar Freire, na Paulicéia
Desvairada. Fomos portanto da estação G5 até a G9.
Na foto abaixo, Ricardinho num dos inúmeros metrôs de Tokyo, com o mapinha nas mãos... Não era hora de "rush"!
E, no Ginza, pudemos vislumbrar um dos locais de compras de "griffe" mais caros do mundo, mas também excelentes opções para compras de livros, CD's, DVD's
além de "bujinir's" (bugigangas e souvenir's) tais como cartões postais, por exemplo. Também se pode comprar até um carro, ou então, uma "bolsa de griffe"
por uns US$ 400,00 ou mais... Tem gosto prá tudo... Mas nem tudo é tão caro assim e eu até adquiri dois excelentes CD's de Música Tradicional Japonesa,
com solos no Koto e no Shamisen!
Nas duas fotos abaixo, uma das famosas avenidas do famoso bairro, com seus luminosos, além do cruzamento com a Loja de Departamentos Wako, com seu
famosíssimo relógio, numa construção que existe desde 1894 e é um excelente "ponto de referência", principalmente para o reencontro do grupo após
as compras...
No Domingo - 22/07/2007 - passeamos por diversas diferentes atrações turísticas na Capital Japonesa, dentre elas a Torre de Tokyo (vermelha, com a estrutura
bastante similar à Torre Eiffel de Paris) e os jardins do Palácio Imperial, com a Ponte Nijubashi. Ver as quatro fotos abaixo (a foto da Torre de Tokyo é
de autoria de Renata Fujihara, que viajava com a família no mesmo grupo que Netinha e eu).
Fomos também ao que podemos chamar de "Bairro Histórico", ou "Tokyo Antiga", que revive como era a moderna Capital Japonesa quando ainda se chamava Edo, no
tempo do Xogunato, e visitamos o Templo Senso-ji, também conhecido como Asakusa Kannon!
Bastante similar ao que conhecemos sobre Nossa Senhora Aparecida, na antiga Edo (nome da cidade de Tokyo até 1868), dois pescadores encontraram no Rio
Sumida uma pequena estatueta de ouro de Kannon, Deusa Budista da Misericórdia. Foi então construído o Templo no ano 645. A fama, a popularidade e o
tamanho do Templo foram sempre crescendo ao longo de todos esses anos, tendo sobrevivido inclusive ao terremoto de 1923. O Santuário, no entanto, foi
destruído pelos diversos bombardeios da segunda guerra mundial e o que conhecemos atualmente são reconstruções dos mesmos, seguindo o Estilo Edo. Porém, ao
contrário da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, a Estatueta de Ouro de Kannon não é disponibilizada à visitação pública.
Na foto abaixo, o Joukoro ("queimador de incenso"), cujas emanações, segundo a crença, mantém as pessoas saudáveis, despertando também o Aprendizado
e a Inteligência.
E na foto abaixo, o Buda Nade Botokesan:
E abaixo, 5 fotos do Templo Senso-ji (Asakusa Kannon):
Fizemos também um passeio no Yurikamome, que é um trem moderno que sai da Estação Shimbashi do metrô e, num total de 16 estações, faz um traçado muito
interessante com vistas espetaculares da Baía de Tokyo, sendo que a linha também faz um contorno e passa por baixo da Ponte Arco-Íris (Rainbow Bridge).
Na foto abaixo, uma vista da Ponte Arco-Íris:
Um detalhe interessante: o Yurikamome é um trem que não tem maquinista. Encaixado num "monotrilho", as rodas do mesmo possuem pneus. Esse trem é, sem dúvida,
uma das maiores maravilhas da Engenharia e da Tecnologia! Na foto abaixo, o pneu do trem visto no vão entre o mesmo e a plataforma da estação:
E, na foto abaixo, Netinha no banco da frente do primeiro vagão, já que não tem condutor...
Passeamos no Yurikamome no Domingo (22/07/2007) à noite e fizemos um novo passeio na Terça-Feira (24/07/2007) pela manhã. Na estação Aomi (U10) visitamos o
VenusFort que é um excelente Shopping com diversas opções de compras, além de excelentes restaurantes de comida variada, com preços bem acessíveis.
Na foto abaixo, Netinha no VenusFort. Repare no teto que é pintado com um "céu azul" com nuvens brancas. Esse teto costuma "mudar de cor" com efeitos
luminosos, como se fosse o fim da tarde (as nuvens ficam alaranjadas) e também o início da noite (o azul do céu escurece). Sem dúvida um excelente
"descanso visual" depois de um dia de bastante caminhada e compras...
E, na foto abaixo, também no VenusFort, um banquinho florido (especialmente para o visitante ser fotografado) que me fez lembrar uma cena do Segundo Ato do
Ballet "Quebra-Nozes" de Piotr Ilyitch Tchaikovsky!
Na foto abaixo, um trem Yurikamome em sentido contrário e o prédio da TV Fuji com sua famosa "esfera"; a Fuji é uma das mais populares emissoras privadas
de TV do Japão (não é a NHK), algo similar à Rede Globo no Brasil.
Na foto abaixo, uma vista externa do trem Yurikamome, próximo à estação Aomi (U10):
Lógico que Ricardinho também gostou desse trem...
Clique aqui,
e veja um vídeo mostrando como funciona esse Trem Yurikamome, com "minha belíssima voz" narrando esse "documentário", no YouTube.
E na Segunda-Feira - 23/07/2007 - visitamos a Tokyo-Disney com direito a foto com o "Mickey Japonês" (pelo menos no traje):
Também visitamos o Mercado de Peixes (Tsukiji) e o famoso leilão de atum (maguro) que acontece todas as manhãs (exceto aos Domingos). Nesse leilão, donos
de restaurantes e vendedores de alimentos adquirem o atum que é proveniente de diversos lugares, desde o Atlântico Norte até a Nova Zelândia! O Japão
consome cerca de 30% do atum pescado anualmente no Mundo todo.
Clique aqui
e veja o leilão de peixes na manhã de Terça-Feira (24/07/2007). O leiloeiro usa boné e a toda hora aponta para cima...
E, conforme havia comentado, o tempo melhorou e, na Terça-Feira (24/07/2007), deu prá ver o Monte Fuji da janela do apartamento do Hotel New Otani, apesar
do mesmo ainda estar parcialmente coberto por nuvens e, sendo Verão, não ter quase nada de neve em seu cume:
E, na foto abaixo, um Jardim Japonês no Hotel New Otani, onde nos hospedamos, na Capítal Japonesa:
Lógico que essa descrição é o "resumo do resumo", já que a metrópole que é a cidade de Tokyo tem realmente muita coisa a oferecer para o Turista. Apesar de
termos adquirido o Pacote Turístico com 2 meses de antecedência e termos solicitado 3 noites extras, não houve jeito de confirmar os vôos, já que no
período iniciavam-se as férias escolares na Terra do Sol Nascente. Dessa forma conseguimos apenas e tão somente uma noite extra em Tokyo, mas mesmo assim, a
seqüência dos passeios foi muito interessante e Tokyo "fechou com chave de ouro" essa viagem que foi realmente uma das mais bonitas que Netinha e eu fizemos!
No caminho de volta ao Brasil foi uma nova "maratona" com quase 22 horas de vôo além de pouco mais de 7 horas de conexão: voamos num Boeing 777 da Air Canadá
que saiu de Tokyo às 17:05 de Quarta-Feira (25/07/2007) (05:05 em São Paulo-SP) e chegou em Toronto às 15:50 do mesmo dia (16:50 em São Paulo-SP)... Repare
que a gente chegou em Toronto 1 hora e 15 minutos antes da saída de Tokyo... Só que em Toronto são 13 horas a menos do que Tokyo e uma hora a menos do que
São Paulo-SP, já que o Canadá adota e o Japão não adota o "Horário de Verão". E, após a "longa espera" da conexão, pegamos o vôo da Air Canadá às 23:10 da
mesma Quarta-Feira (25/07/2007) em Toronto e chegamos ao Aeroporto de Cumbica às 10:20 da Quinta-Feira (26/07/2007). Em Tokyo eram 22:10 da mesma Quinta-Feira,
ou seja, 29h:10min após a decolagem...
Viajar realmente é muito bom, tanto no Exterior, como no Brasil! É a melhor maneira de aprender História e Geografia, além de adquirir incríveis
Conhecimentos Culturais! O Japão é realmente um País muito interessante, com um povo bastante sorridente, hospitaleiro e prestativo, além de excelente
Educação! O povo andando nas ruas das grandes metrópoles, tais como Osaka e Tokyo é bem humorado, não há "colisão" de pedestres, além das bicicletas
andarem tranqüilamente nas calçadas, sem ninguém reclamar! E, nas escadas rolantes em Lojas e Estações de Trem e Metrô, o pessoal costuma se posicionar num
único lado da escada rolante, pois sabe que pode haver alguém que esteja atrasado e que necessite subir correndo! Repare na foto abaixo numa estação de
metrô em Tokyo, com as pessoas no lado esquerdo da escada rolante, com o lado direito livre para quem precisar subir correndo...
E, de volta ao Brasil, retomem agora o contato com a nossa Autêntica Música Caipira Raiz: cliquem no banner abaixo e visitem mais uma vez o
www.boamusicaricardinho.com:
E, por falar em Música Caipira,
Clique aqui
e ouça "Saudades Do Japão" (Capitão Furtado - Hiroshi Kurimori) interpretada pelos Irmãos Kurimori (Hiroshi Kurimori e Marashi Kurimori), numa gravação
oriunda do Disco 78 RPM - 17632 - Lado A - Gravadora Continental - Gravado em 1959 - do Acervo de José Ramos Tinhorão - num excelente Arquivo Musical
preservado, pertencente ao
IMS - Instituto Moreira Salles,
excelente site que se preocupa com a Preservação de Inestimáveis Acervos Brasileiros em termos de Música, Fotografia, Artes Plásticas e Biblioteca, o
qual convido o Apreciador a visitar!
Quanto à essa belíssima composição do
Capitão Furtado
em parceria com Hiroshi Kurimori, Ayrton Mugnaini Jr. em seu livro "Enciclopédia das Músicas Sertanejas" ("Japão e a Música Sertaneja" - página 119),
menciona que "A imigração maciça de nossos 'kiodai' nipônicos desde 1908 demonstra que o Brasil é um perfeito 'habitat' para esse
povo tão esforçado, trabalhador e sentimental. Era só questão de tempo para os Japoneses virem a inspirar - e também compor - Música Sertaneja. O primeiro
exemplo de que temos notícia são os Irmãos Kurimori, nascidos no Japão mas muito bem radicados aqui, a ponto de gravarem um 78 RPM (Continental - 1959) com
o Valseado 'Saudades do Japão' (parc. de Hiroshi Kurimori / Capitão Furtado), que se inicia com uma Cantiga de Ninar do Folclore Nipônico e termina
citando o Acalanto Caipira 'Dorme Nenê, que a cuca jaí vem'.
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